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Cuidado: você pode estar prejudicando a saúde do seu amigo

Os numerosos séculos de domesticação deram ao cão o privilégio de ser o mais cuidado dos animais domesticados pelo homem. Isto significa que pode desfrutar de bons pratos de comida e, também, compartilhar os nossos maus hábitos e as manias da civilização. Ou seja, assim como os seres humanos, os cachorros também vem sofrendo com a obesidade. Mas diferente de nós, eles comem o que lhes é servido, o que significa que os responsáveis pela obesidade canina somos nós, os próprios humanos. A imagem de um cachorro gordo como sinónimo de animal cheio de vida pertence ao passado; é necessário conhecer as consequências nocivas derivadas de um estado de excessiva gordura para não deixar que se produza, e menos ainda favorecer a obesidade, muitas vezes reflexo de um carinho mal entendido para com um animal de estimação. Muitos acham que um animal gordo é sinónimo de “fofura”. Outros enchem-nos de comida porque acham que comida é amor e que eles devem satisfazer todas as vontades do cão ou do gato. Mas esses hábitos não só diminuem a qualidade de vida do animal, como está a encurtar o tempo que ele ficará ao lado do dono, ou seja, sua vida será mais curta por conta de todos os problemas de saúde que a obesidade traz consigo.

Aproximadamente um terço dos cães de estimação sofrem deste problema, que afecta mais as fêmeas que os machos e, segundo alguns, certas raças mais do que as outras. Os cachorros castrados também tendem a engordar mais que os outros, e por isso, é muito importante que esses animais tenham a alimentação mais vigiada.

Como saber se o cachorro está gordo

A obesidade é mais “um acumular excessivo de gorduras do corpo” do que “excesso de peso“, pois este excesso pode verificar-se também por uma retenção de água ou devido a uma importante massa muscular. No entanto, a avaliação da gordura é relativamente subjectiva, deve-se levar em conta para esta análise o indivíduo, a raça ou a morfologia. A obesidade traduz-se fisicamente por uma certa deformação, devida aos depósitos de gorduras generalizadas ou localizadas em certas partes do corpo.

Para o diagnóstico, o veterinário fundamenta-se na apalpação do tecido adiposo que cobre o tórax: em estado normal, as costelas do cão são apenas discerníveis ao olhar, mais fáceis de apalpar. O zootécnico dispõe, para este tema, no seu arsenal de fórmulas, de uma equação de relação entre peso de um cão e seu perímetro torácico; ainda que de forma aproximada, esta fórmula (P=80 c³, onde P representa o peso em quilogramas e c o perímetro torácico, em metros) permite ter uma aproximação do grau de desvio relativamente a uma proporção normal. Finalmente, pode recorrer-se a tabelas de medidas editadas pelos clubes, porque, de uma raça para outra, para uma mesma altura e cernelha, os pesos variam muito.

Talvez não seja porque seu cão come muito. A origem da obesidade nem sempre é a superalimentação. No entanto, deixaremos esta abordagem para mais tarde.

Consequências da obesidade em cães

  • Risco aumentado em cirurgias – Necessidade de uma maior dose de anestesia e menor visibilidade dos órgãos envolvidos em massa gorda;
  • Maior pressão sobre o coração, pulmões, rim e articulações – Quase todos os órgãos do cão têm de aumentar o seu ritmo de actividade para manter o maior volume de massa do animal.
  • Agravamento de doenças articulares, como a artrite – O aumento de peso faz com que o cão tenha de forçar mais as articulações para se poder movimentar. A artrite, que provoca dores intensas, pode-se desenvolver devido ao aumento da pressão sobre joelhos, anca e cotovelos. Esta condição é ainda mais preocupante nas raças de porte grande que são já predispostas a desenvolver displasias.
  • Desenvolvimento de problemas respiratórios em tempo quente e durante exercício – Num cão obeso os pulmões têm menos espaço para se encherem de ar e têm em contrapartida de aumentar a sua capacidade de captação de oxigénio para fornecer ar ao maior número de células no corpo.
  • Desenvolvimento de diabetes – Doença sem cura que pode obrigar a injecções diárias e pode levar à cegueira. A incapacidade de produção de insulina para processar os níveis aumentados de açúcar está por detrás do desenvolvimento de diabetes.
  • Aumento da pressão sanguínea que pode originar problemas cardíacos – O coração é um órgão bastante afectado pela obesidade. O coração tem de aumentar a sua capacidade de distribuição de sangue a muitos mais sítios que se foram criando com a acumulação de massa. Como o sangue tem de percorrer um caminhos mais longos, a força ou pressão com que é bombeado tem de aumentar.
  • Aumento da probabilidade de desenvolver tumores – Estudos recentes associam o desenvolvimento de câncer, sobretudo mamário ou no sistema urinário, com a obesidade. Perda de eficácia do sistema imunológico – As doenças virais parecem afectar de forma mais agressiva os cães com excesso de peso.
  • Problemas gastrointestinais – o aumento de flatulência e diarreia são mais comuns em cães acima do peso.

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